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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MILTON GAMA
( BRASIL – BAHIA )

Vencedor do 10. Lugar por unanimidade do júri, mas
o Diretor do Colégio desconsiderou os votos dos jurados e os aplausos dos estudantes. Em revolta, os estudantes
ameaçaram quebrar o auditório e foi taxado de subversivo.
Com apenas 18 anos de idade, foi proibido de estudar em
colégios “públicos e particulares”.
Em 1984 ... Fui  diplomado em Ciências Políticas pela Universidade de Brasília – UNB.
Reside em Salvador – Bahia.

***

Texto por Jorge Amado:

“Poeta de largo fôlego, Milton de Enedino Gama”,
escreve Carlos Eduardo da Rocha, ele Próprio
poeta. Carlos Eduardo sabe das coisas. Quanto
a mim, após ter lido “Poema Bêbado” que
Juarez Paraíso me enviou no Natal, concordo
inteiramente com a opinião do prefaciador.
Gostei de ter encontrado em terras da Europa
o poeta Enedino tão brasileiro e tão poco
brasileiro. Gostei desde o começo:
“eu queria que chovesse vinho
ver em cada mão uma taça
em cada semblante um riso”
simples e terno, o peso social e a aventura
da vida, o vinho sinônimo de alegria verdadeira.
Gostei até o fim, até o encontro com:
“esse rosto
esses olhos
este brilho
já existiam nos meus sonhos”
quando o poeta encontra o amor. Gostei da
Dose no. 2 (autobiografia?). Da no. 13 por exemplo,
do poema de Vinicius de Moraes — não será o
poeta Milton de Enedino descendente de Vinicius?
Para tudo dizer, gostei do livro, do Poema Bêbado
inteiro, de cada uma das Doses.
Agradeço a Juarez o envio e desejo ao Poeta
sucesso que ele bem merece.

Jorge Amado
Em Cascais, Portugal, janeiro de 1992

 

 

ANTOLOGIA DEL ´SECCHI,  2008. Organização Roberto de Castro Del´Secchi.  Rio de Janeiro:  Del´Secchi, 2008.  404 p. 14 x 21 cm  ISBN 85-86494-14-3
No. 10 253
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


DOSE No. 1

eu queria que chovesse vinho
ver em cada mão uma taça
em cada semblante um riso 
ver nos campos esverdeados
os animais embriagados
nessa selvagem beleza
o homem amando a natureza
eu queria que chovesse vinho
ver o mundo brincar
em festa trabalho e paz



DOSE No. 2
Para Olímpia e Enedino
(meus pais)

era uma vez um menino
menino do interior
amamentado com carinho
engatinhava na terra
solto pelas ruas
tomava banho de chuva
na bica do soldado velho
roubava fruta na feira
cocada na barraca do primo           
era uma vez um menino
menino do interior
foi crescendo
livro na pasta
bola no campinho
expulso das escolas
andava pelo pastos
atrás de jumentas
amava também as meninas
o corpo chorava envolvido
entre o conselho e o castigo
severo dos velhos pais
era uma vez um menino
adolescente do interior
foi pensando
conheceu José de Alencar
beijou os lábios de Iracema
viu Jorge Amado
amou Gabriela
ouviu o cavaleiro da esperança
chorou com os capitães da areia
riu com Monteiro Lobato
passou com Érico Veríssimo
olhando os lírios dos campos
sonhou com Machado de Assis
idolatrou Castro Alves
mordeu a isca da poesia
era uma vez um adolescente
adolescente do interior
foi pensando
andou com Hermann Hesse
vestido como Sidarta
mergulhou nas florestas
em nascentes de rios límpidos
bebeu com Nirvana
ultrapassou os muros dos tempos
percorreu ruas das sociedades
envolveu com Marx
papeou sobre as esquinas
visando tomá-las
chocou em vielas
o peso da liberdade
fez na sua mente moradia
filosofou nos bares da vida
buscando sabedoria
afogou
em oceanos de frustrações
embarcações sem lemes
perdido entre perdidos
ironicamente anarquizado
viveu no cômodo mal-bom-viver
sentindo no luxo o lixo
sentindo no lixo o luxo
virou geleia geral
sob a fantasia dos líderes
serenamente evap
queria vida
era uma vez um homem
homem do mundo
foi vivendo
sem medo sem ódio
alto como o céu
cheio como a esperança
perpetuou na fortaleza
infinita da poesia


                        SEXTO POEMA

esse rosto
esses olhos
esse brilho
já existiam nos meus sonhos
essa voz
essa meiguice
essa música
já existiam nos meus sonhos
esse corpo
esse andar
esse calor
já existiam nos meus sonhos
esse amor
esse fogo
esse carinho
já existiam nos seus sonhos
esse ano do encontro
será eterno no tempo
da nossa vida do nosso amor  


DOSE No. 13
 

balança cabeça
nessa corda bamba
faz da força
como se fossem cores
pintando novos valores
relaxa corpo
tão grande tão pequeno
tresloucado nos efeitos
das imagens transcendentais
desse tempo inverso
ah! Fumaça santa
alegria alheia
no mar de areia
vêm Deuses do homem
acordas esse tempo
liberta essa ansiedade

 

https://www.britannica.com/biography/Jorge-Amado

 

                TRIBUTO A JORGE AMADO


J á andou por países e continentes
O nde escreveu raízes de sua gente
R evolucionário da caneta e papel
G entil amigo do povo e do vinho
E nlaçando esquina fez caminho

A
mando em língua universal
M arcou conceito se fez humanista
 A ndando suave e cadenciado
D eixando para a humanidade
O
legado do imortal Jorge Amado



TRIBUTO A VINICIUS DE MORAIS

A Poesia


V iveu e como é difícil viver
I njetando versos puros
N
esse mundo magoado
I nfinitamente amado
C
omo a grande gaivota
I
nventou o vôo livre
U
nindo a vida ao sonho
S
endo estrela lua sol e mar

D
ivino menino
E
nlaçado de poesia cantou

M
ovendo cantigas
O
nde o mundo acordou
R
adiante abraçou a noite
A
mando belas mulheres
I
rmão amigo da vida
S
servo amante do amor

 

*
VEJA E LEIA outros poetas da BAHIA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/bahia/bahia.html

Página publicada em fevereiro de 2025.     


 

 

 
 
 
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